Hail hail mes amis, o assunto de hoje: VAMPÍROS!
Poderiamos falar de Drácula, o que seria o primeiro grande feito sobre vampíros, porem, optei por Anne Rice, a autora que moldou uma das maiores crenças fictícias de vampíros, pelo menos, até pouco tempo atrás. Estimulando filmes, que destes, convenhamos, poucos agradam, senão apenas um, Entrevista com o Vampiro dirigido por Neil Jordan. E é do livro que inspirou tal filme que iremos falar aqui.Mas antes que abordemos a narrativa, é essencial que esclareça um detalhe: o Cenário. Não falo do lugar ou situação, mas o cenário atual, envolve muito mais que isso, melhor explicado se chamarmos de "atmosfera", diferente da vivenciada pelos vamirpos doscontos atuais, esta era normal que livros de vampiros até então, porem somente após desenvolvida por Anne Rice foi adotada para outras obras, assim como nos filmes, anteriores a ele, vampíros se enquadravam no genêro: terror.
Porem, nos dias de hoje, é antiquado dizer "filmes de terror" sem que venha aquela idéia generalizada de longas dos anos 80 com monstros e morte de adolescentes nuas, porem, no melhor dos vampíros, nos livros em especial, existe um cenário gótico não grotesco, com sensualidade sutíl e dramas intrigantes, mudando a conotação de terror para Horror, onde mesmo tendo a ficção do sobrenatural, não é esse fator que conta a história, e sim o envolvimento pessoal e desespero dos personagens.
Confesso que essa ligeira, e a princípio nuancia que transforma de um genêro de terror para Horror, a primeira vista pareça, pífia, mas épara aqueles que se interessam em adentrar nos contos que percebem a real diferença, e de todos os livros de Horror que li até hoje, esse com certeza tem um lugar bastante especial para Entrevista com o Vampíro. e Digo-vos que não é por sua qualidade em si, não desmerece sua narratíva, mas por este ser apenas o primeiro livro que Anne Rice escreveu da série, que dalí pra frente iria conquistar ainda mais com os demais.
Foi nele que Rice remodelou estas instigantes, cruéis e lendárias criaturas da noite. Sendo diversas vezes comparada com a obra de Bram Stoker, pelo encanto e vivacidade de personagens, por diferir do eterno e solitário Drácula do século XIX, eles possuem características únicas, que os tornam interessantes e vivos. No livro, como o titulo sugere, acompanhamos a primeira e exclusiva entrevista dada por um sugador de sangue de verdade a um jornalista. A narrativa do livro é feita exatamente como a entrevista em sí, um relato da "não vida" desta criatura fadada ao sofrimento eterno. E aí, que aos pouco vamos conhecendo o ser que se auto-denomina, Louis.
E em seu relato, viajamos até Nova Orleans, que foi originalmente fundada por exploradores franceses, com o nome de Nouvelle Orléans, um dos paucos príncipais de Cronicas Vampirescas, que aqui é apresentada ainda no século XVIII. onde Louis ainda era um fazendeiro, que após passar por uma série de sofrimentos, por perder sua amada e diversas outras efermidades, se entrega ao alcoolismo, entrando em um rápido processo de autodestruição (-Clown?). E "é diante do inferno que aparece o Demonio"... melhor referindo, é neste momento que ele encontra Lestat de Lioncourt, uma perversa criatura que manifesta em sua personalidade, o maior desprezo imaginado em relação à vida mortal, ou algo tão horrivel quanto. Para ele, os seres humanos não passam de alimento. Nesse encontro Louis é tranformado e juntos, se envolvem em uma trágica história de amor e ódio, onde o desprezo, a fúria, a amizade e a dependência andam juntas em todos os momentos.
E admito, chega ser forte o homoherotismo das obras de Rice, sendo esse um dos principais motivos para o estranhamento desta brilhante obra. Já vampíros não serem mais ligados a moralidade posta pela sociedade, muitos leitores enfrentam algum desafio ao ver dois personagens originalmente homens estarem tão próximos, o que para vampíros pouco importa já que não são mais humanos. Melhor analisando vampiros são criaturas assexuadas, mas ao mesmo tempo apaixonadas, no sentido mais metafísico, onde o corpo não é importante e sim o próprio ser. Portanto, nem todos os vampiros são homossexuais, são criaturas amantes da vida e da personalidade do ser humano, que se apaixonam por homens e mulheres e isso fica claro em muitas passagens, assim como em quase todos os livros de Anne Rice.
Enfim, A história sai dos States, até o velho continente, nos apresentando mais uma série de personagens que posteriormente receberam mais destaque em outros livros da Crônica. Claudia e Armand são personagens fascinantemente trágicos. Todos amam Louis e ele também os ama, mas ao mesmo tempo os odeia profundamente e sua condição é a principal responsável por isso. Por ser ao contrario de Lestat, Louis não acha que a vida de vampiro não é tão interessante como muitos pensam e a destruição final é muito mais fácil do que imaginam. É com isso que o personagem principal tem que conviver, com a raiva por ter sido transformado e a tentativa de negação de sua nova natureza. Louis é de longe o personagem mais humano, e por isso o que mais sofre, dos muitos criados por Anne Rice. Todo esse sofrimento chega a nos comover durante a leitura do livro, o que nos faz pensar, "valorizar a vida e sua fragilidade é algo banal como assistir o nascer do sol e caminhar durante o dia?"
Finalizando, você realmente gosta de um bom romance de horror gótico, com personagens muito bem construídos e apaixonantes, comece por esse, ou se sua leitura já se iniciou pela saga do crepúsculo conheça este, pois ele é o início de tudo. Mas fique atento, caso já tenha visto e sentido satisfeito(a) e contemplado(a) pelo filme de Neil Jordan, apesar de ser muito bom e fiel a obra, não chega aos pés do livro.
O Livro foi escrito em 1976, inicia a série sobre "crônicas vampirescas". A tradução foi feita por Clarice Lispector. Totalizando 312 páginas.
Au revoir e boa leitura.
Compre o Livro Entrevista com o Vampíro
Coleção Especial Anne Rice Submarino
Poderiamos falar de Drácula, o que seria o primeiro grande feito sobre vampíros, porem, optei por Anne Rice, a autora que moldou uma das maiores crenças fictícias de vampíros, pelo menos, até pouco tempo atrás. Estimulando filmes, que destes, convenhamos, poucos agradam, senão apenas um, Entrevista com o Vampiro dirigido por Neil Jordan. E é do livro que inspirou tal filme que iremos falar aqui.Mas antes que abordemos a narrativa, é essencial que esclareça um detalhe: o Cenário. Não falo do lugar ou situação, mas o cenário atual, envolve muito mais que isso, melhor explicado se chamarmos de "atmosfera", diferente da vivenciada pelos vamirpos doscontos atuais, esta era normal que livros de vampiros até então, porem somente após desenvolvida por Anne Rice foi adotada para outras obras, assim como nos filmes, anteriores a ele, vampíros se enquadravam no genêro: terror.
Porem, nos dias de hoje, é antiquado dizer "filmes de terror" sem que venha aquela idéia generalizada de longas dos anos 80 com monstros e morte de adolescentes nuas, porem, no melhor dos vampíros, nos livros em especial, existe um cenário gótico não grotesco, com sensualidade sutíl e dramas intrigantes, mudando a conotação de terror para Horror, onde mesmo tendo a ficção do sobrenatural, não é esse fator que conta a história, e sim o envolvimento pessoal e desespero dos personagens.
Confesso que essa ligeira, e a princípio nuancia que transforma de um genêro de terror para Horror, a primeira vista pareça, pífia, mas épara aqueles que se interessam em adentrar nos contos que percebem a real diferença, e de todos os livros de Horror que li até hoje, esse com certeza tem um lugar bastante especial para Entrevista com o Vampíro. e Digo-vos que não é por sua qualidade em si, não desmerece sua narratíva, mas por este ser apenas o primeiro livro que Anne Rice escreveu da série, que dalí pra frente iria conquistar ainda mais com os demais.
Foi nele que Rice remodelou estas instigantes, cruéis e lendárias criaturas da noite. Sendo diversas vezes comparada com a obra de Bram Stoker, pelo encanto e vivacidade de personagens, por diferir do eterno e solitário Drácula do século XIX, eles possuem características únicas, que os tornam interessantes e vivos. No livro, como o titulo sugere, acompanhamos a primeira e exclusiva entrevista dada por um sugador de sangue de verdade a um jornalista. A narrativa do livro é feita exatamente como a entrevista em sí, um relato da "não vida" desta criatura fadada ao sofrimento eterno. E aí, que aos pouco vamos conhecendo o ser que se auto-denomina, Louis.
E em seu relato, viajamos até Nova Orleans, que foi originalmente fundada por exploradores franceses, com o nome de Nouvelle Orléans, um dos paucos príncipais de Cronicas Vampirescas, que aqui é apresentada ainda no século XVIII. onde Louis ainda era um fazendeiro, que após passar por uma série de sofrimentos, por perder sua amada e diversas outras efermidades, se entrega ao alcoolismo, entrando em um rápido processo de autodestruição (-Clown?). E "é diante do inferno que aparece o Demonio"... melhor referindo, é neste momento que ele encontra Lestat de Lioncourt, uma perversa criatura que manifesta em sua personalidade, o maior desprezo imaginado em relação à vida mortal, ou algo tão horrivel quanto. Para ele, os seres humanos não passam de alimento. Nesse encontro Louis é tranformado e juntos, se envolvem em uma trágica história de amor e ódio, onde o desprezo, a fúria, a amizade e a dependência andam juntas em todos os momentos.
E admito, chega ser forte o homoherotismo das obras de Rice, sendo esse um dos principais motivos para o estranhamento desta brilhante obra. Já vampíros não serem mais ligados a moralidade posta pela sociedade, muitos leitores enfrentam algum desafio ao ver dois personagens originalmente homens estarem tão próximos, o que para vampíros pouco importa já que não são mais humanos. Melhor analisando vampiros são criaturas assexuadas, mas ao mesmo tempo apaixonadas, no sentido mais metafísico, onde o corpo não é importante e sim o próprio ser. Portanto, nem todos os vampiros são homossexuais, são criaturas amantes da vida e da personalidade do ser humano, que se apaixonam por homens e mulheres e isso fica claro em muitas passagens, assim como em quase todos os livros de Anne Rice.
Enfim, A história sai dos States, até o velho continente, nos apresentando mais uma série de personagens que posteriormente receberam mais destaque em outros livros da Crônica. Claudia e Armand são personagens fascinantemente trágicos. Todos amam Louis e ele também os ama, mas ao mesmo tempo os odeia profundamente e sua condição é a principal responsável por isso. Por ser ao contrario de Lestat, Louis não acha que a vida de vampiro não é tão interessante como muitos pensam e a destruição final é muito mais fácil do que imaginam. É com isso que o personagem principal tem que conviver, com a raiva por ter sido transformado e a tentativa de negação de sua nova natureza. Louis é de longe o personagem mais humano, e por isso o que mais sofre, dos muitos criados por Anne Rice. Todo esse sofrimento chega a nos comover durante a leitura do livro, o que nos faz pensar, "valorizar a vida e sua fragilidade é algo banal como assistir o nascer do sol e caminhar durante o dia?"
Finalizando, você realmente gosta de um bom romance de horror gótico, com personagens muito bem construídos e apaixonantes, comece por esse, ou se sua leitura já se iniciou pela saga do crepúsculo conheça este, pois ele é o início de tudo. Mas fique atento, caso já tenha visto e sentido satisfeito(a) e contemplado(a) pelo filme de Neil Jordan, apesar de ser muito bom e fiel a obra, não chega aos pés do livro.
O Livro foi escrito em 1976, inicia a série sobre "crônicas vampirescas". A tradução foi feita por Clarice Lispector. Totalizando 312 páginas.
Au revoir e boa leitura.
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